terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ressentido amor


Ressentido amor

Apesar do tempo que passa.
Das chuvas que correm nas vidraças.
Do frio que grita sombrio,
da paisagem já sem graça,
do meu coração chorando baixinho,
do nosso ninho, em desalinho vazio.

Apesar das taças despidas,
delicadamente abandonadas,
do canto da sala isolado fechado
pela despedida.

Apesar do perdido olhar.
Que vivi querendo acreditar,
nesse amor,que vivo á mendigar.
Do meu vulto, tão deprimido partido.
Das gotas derramadas amargas sentidas,
correndo na face, escondidas,
querendo ver você voltar.
Autora: Marina Nunes

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